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A Minha Almofada Tem Rádio - Podcast

sexta-feira, 2 de maio de 2008

. sexta-feira, 2 de maio de 2008

A MINHA ALMOFADA TEM RÁDIO # 9
RÁDIO ZERO - DOMINGO 4 MAIO, 10 HRS - REPETE TERÇA 6 ABRIL, 8HRS

MÃEDAY

Ninguém sabe fazer tudo tão bem quanto uma mãe.
Desde tratar de joelhos esfolados a curar corações destroçados, uma mãe tem uma solução prática para todas as crises e mantém sempre a calma.

Esta semana preparámos uma emissão de homenagem às mães, que recupera alguns clássicos da música popular que, de alguma maneira, a elas se referem.

Por exemplo, os Beatles escreveram muito material sobre o tema (Mother Nature's Son, Lady Madonna, Let it Be, Your mother should know) mas optámos por escolher Julia, canção que John Lennon escreveu para a sua mãe. Uma outra teoria sugere que o tema terá sido composto para o seu filho Julian. Apesar de pertencer ao albúm The Beatles (mais conhecido como o albúm branco) apenas John canta e toca nesta canção, facto que não se voltou a repetir na carreira da banda de Liverpool.



John sempre foi atormentado pelo tema e voltou a ele em 1970 no albúm John Lennon / Plastic Ono Band com o tema de abertura Mother. Apesar do título, esta música refere-se ao abandono que Lennon sentiu por parte dos pais, uma vez que o seu pai deixou a família quando ele era ainda bébé e a sua mãe morreu atropelada quando John tinha apenas 17 anos.



Em 1965, Bob Dylan gravou It’s alright Ma (I’m only bleeding) no seu quinto albúm de originais Bringing It All Back Home, que incluía Mr. Tambourin Man a abrir o lado B. Sendo uma das suas músicas mais celebradas e ambiciosas, várias das frases mais emblemátivas da sua carreira podem ser ouvidas aqui - "He not busy being born is busy dying"; "It's easy to see without looking too far that not much is really sacred"; "Even the president of the United States sometimes must have to stand naked"; "Money doesn't talk, it swears"; "If my thought-dreams could be seen they'd probably put my head in a guillotine." Entre alguns lamentos e a futilidade dos políticos, Dylan aponta novos caminhos na sua carreira - "So don't fear if you hear a foreign sound to your ear it's alright, Ma, I'm only sighing."




Em 1985, kate Bush lança o albúm Hounds of Love, o disco que mais sucesso comercial obteve na sua carreira, incluindo os hit-singles Running up that hill, Cloudbusting, Hounds of love e The big sky. Com tantas fantásticas canções neste disco a pérola Mother stands for comfort pode passar despercebida. Esta bela obra-prima conta a história de um assassino que suspeita que a sua mãe sabe que ele fez algo de errado mas que o protege não se importando que ele tenha mentido.



Cerca de dois anos depois da separação do seu companheiro de longa data Art Garfunkel, Paul Simon lança, em 1972 um albúm homónimo. Mother & child reunion que abre o disco terá sido a primeira tentativa de compor reggae por parte de um músico branco (apesar de alguns teóricos apontarem Ob-La-Di, Ob-La-Da dos The Beatles com uma aproximação mais séria aos ritmos Jamaicanos). Este tema terá sido uma resposta a uma música de Jimmy Cliff , Vietnam e Simon gravou-a na Jamaica usando os músicos que habitualmente tocavam com Cliff de modo a obter uma sonoridade mais autêntica. O título poderá ter surgido depois de Simon ter comido um prato de frango e ovos chamado Mother & child reunion num restaurante de Chinatown. Foi o primeiro single de Paul Simon a solo.



Mother Dear – The Divine Comedy. Um dos mais interessantes hinos às mães. Do albúm Victory for the Comic Muse de 2006. A dada altura Neil Hannon refere que não será preciso a CIA apertar com ele para ficar a saber os seus segredos. Basta um olhar da sua mãe para que eles se revelem. Percebo o quer dizer...


J.J. Cale Mama don’t allow (tradicional/JJ Cale) John Cale é um dos fundadores do chamado Tulsa Sound um género muito solto com influências blues, rockabilly, country e jazz. Com um espírito averso à exposição pública Cale mantem-se alegremente um artista de culto há 35 anos. Este tema, gravado ao vivo no The Gothic Theatre em Denver, parte de uma música tradicional adaptada por Cale.


Ben Harper sempre escreveu sobre tolerância em diversas formas: raça, sexo, orientação sexual. Depois de ter visto na TV um casal de lésbicas numa reciproca declaração de amor compôs Mama’s got a girlfriend now um divertido hino à tolerância, incluido no albúm Live from Mars de 2001.



The Rolling Stones Mama’s little helper tema incluido em Aftermath, albúm de 1966. Com este álbum a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados, ainda com a presença de Brian Jones.



Pink Floyd Mother. Do mítico duplo albúm The Wall de 1979. Como todas as canções deste disco Mother narra uma parte da história de Pink, o protagonista do albúm. A canção é uma conversa entre Pink (voz de Roger Waters) e a sua mãe (voz de David Gilmour). A superprotectora mãe de Pink ajuda-o a construir um muro que o proteja do mundo exterior - of course mother's gonna help build the wall – e insiste que ele fica com ela mesmo depois de crescer e não aguenta quando Pink se torna adulto e se apaixona.



7 comentários:

Anónimo disse...

Pediram uma sugestão, eu deixo: mama das Spice Girls :P

Anónimo disse...

Ligeiramente ao lado da linha habitual da almofada mas, também vale!...Obrigado

Jorge Pinheiro disse...

Mas esta aposto que não é ao lado: "Lady Laura", dedicado à mãe de Roberto Carlos!

Anónimo disse...

Olha pois não me tinha lembrado do nosso amigo Roberto...Eh Eh
E esta: Jorge Palma: Onde estás tu mamã?

Anónimo disse...

edit- a Calamity corrigiu-me: A canção do Jorge Palma chama-se A canção de Lisboa (mamã mamã onde estás tu mamã nós sem ti não sabemos mamã libertar-nos do mal...)

Jorge Pinheiro disse...

Já agora, uma referência muito elogiosa ao apanhado de músicas e sua relação com a "Mãe". Algumas não sabia de todo, outras já não me lembrava.

Anónimo disse...

Obrigado e aí está o alinhamento. O podcast estará disponível nos próximos dias em http://archive.radiozero.pt/almofada.xml

 

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