A minha almofada tem rádio é, além de um programa de rádio, um audioblog e, como tal, dispõe de um mp3 player incorporado.
Se clicar no play de qualquer das músicas disponíveis nos posts, o Yahoo Media Player é lançado e pode ouvir todos os ficheiros do blog, por ordem cronológica, ou escolher especificamente o que ouvir através da playlist. Enjoy!

A Minha Almofada Tem Rádio - Podcast

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Almofada #35 - 28 Dezembro

. segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
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Última emissão de 2008, a Almofada #35 passa em revista alguns dos discos mais almofadados do ano, entre interpretações de textos de humor secos e incisivos, com destaque para uma crónicas de Clara Ferreira Alves no Expresso (uma radiografia da cabeça, tronco e membros - e da falta deles - das figuras-tipo destes nossos tempos pós-modernos) e para um louco texto de Tiago Dores no blog do Gato Fedorento em que Hitler e Eva Braun provam a teoria segundo a qual a culpa das desgraças do mundo é das mulheres que usam calças...

Pode ouvir estes dois textos destacados ou todo o programa.

Ouça o programa
Almofada #35

Damien Rice The blower's daughter
Beirut Postcards from Italy
"Anedota" texto de Luísa Costa Gomes in revista Ler, nº19,1992
Mler Ife Dada Novo Zuvi Zeva Novi
"O Elevador" texto de João Viegas e António Santos in As Noites Longas do FM Estéreo
Serge Gainsbourg Chez les Yé-Yés (Minimatic Remix)
Rita Red Shoes The begining song
"Comprar Telemóvel" texto de Clara Ferreira Alves in jornal Expresso, 4 Outubro 2003
The Lovers Lovecats
Kate Nash Foundations
"Dêem-nos Condições " texto de Miguel Góis in Gato Fedorento, o Blog 20 Maio 2003
Gabin feat Dee Dee Bridgewater Into my soul
Blossom Dearie Tout Docement
"Seinfeld Sounds, the Best Of "
"A Justiça Tarda Mas Não Falha" texto de Tiago Dores in Gato Fedorento, o Blog 17 Junho 2003
Elsiane Across the stream

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Almofada #34 - 21 Dezembro



Ouça o programa
Almofada #34

Barton Carrol Brooklin girl
Cat Power Aretha sing one for me
"Me liga, Pai"
T-Ka And maybe a tree will rise out of me
Lilly Frost Lover come back to me
"Misses"
Quinteto Tati Valsa quase anti-depressiva
"O Rock e a Amiga 1"
Sara Paço (Ao vivo na Radio Zero) The moon is calling your name
Mesa Luz vaga
"Recoendações de Higiene, Beleza e Bem-Estar "
Dustin Kensrue Consider the ravens
Kevin Shields City girl
"O Rock e a Amiga 2"
The Mike Flowers Pops Please please me
"O Rock e a Amiga 3"
The Rembrants I'll be there for you
"Tiro aos Pratos"
Sean Riley & the Slowriders Let them good times roll
Ryuichi Sakamoto Merry Christmas Mr. Lawrence

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Almofada #33 - 14 Dezembro


Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #33

Beto Betuk Improviso sobre Agostinho
Jorge Vadio O gato preto
"Provérbio"
The Mike Flowers Pops A groovy place
"A Trela"
Blues from he Montreaux Jazz Festival When somehing is wrong / With my baby / Soul man
"Campanha Municipal"
Pearl Jam with Neil Young Long road
"Suicídio, Modo de Usar"
The Stranglers La folie
Amy Lee Sally's song
"Preocupações"
Sean Rilley & the Slowriders Moving on
David Sylvian Surrender
"Polémica no WC"
Sara Paço (ao vivo na Radio Zero) The moon is calling your name

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Almofada #32 - 7 Dezembro


Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #32

Madredeus e Banda Cósmica Anseio (Fuga apressada)
"Direitos dos Animais"
Beto Betuk feat. Sara Tavares Linha do horizonte (é tão longe)
"Duas"
Old Jerusalem One, i should know you
Nick Cave & the Bad Seeds Death is not the end
"Polémica na Capoeira"
Pink Floyd The gunners dream
"O Vitral"
Sam the Kid Arrependimento
Up, Bustle & Out Aqui no ma
"A Torre"
Ephedra Tanana
"Estranho Silêncio"
Tony Bennet I wanna be around
Marvin Gaye Let´s get it on
"Pedro Baptista - Crónica"
The Cure Boys don't cry (acoustic version)

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Almofada #31 - 30 Novembro


Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #31

Mysti Mayhem Love is better than money
Sean Riley & the Slowriders Happy Rivers
Walter Samuel Cannonball
"O Operacional"
Tindersticks Can we start again?
Skalibans Through my window
"Xenofobia"
Mysti Mayhem Come back around
Missy Higgins The wrong girl
"Esta 3ª idade está perdida"
Norah Jones & Joel Harison Tenessee Waltz
Mazgani Lay down
"Passa-me a sanita por favor"
Red House Painters All mixed up
Silence is sexy Closing titles
"Complicações"
Donavon Frankenreiter It don't matter
Neal Casal Wishing well

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

FFM: Blondie, J Lo e Macca - Mark Vidler @ Go Home Productions

. segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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Mark Vidler aka Go Home Productions é um Produtor / Remixer / DJ de Watford, Inglaterra que passou uma boa parte dos últimos 5 anos a produzir Bootleg, Mash-Ups e Remixes que atingiram notoriedade mundial, sobretudo o seu trabalho de 2006 Rapture Riders, um notável mash up Blondie vs The Doors mistura brilhante entre os temas Rapture e Riders on he Storm que recordamos aqui:



Depois de sete meses de inactividade, o site GHP deu sinais de vida neste Natal de 2008 e em boa hora o fez: já tinhamos saudades de uma nova produção e Mark Vidler não defraudou: "High Tides & Blocked Peace Pipes" é uma louca remix, mais uma vez com base num tema dos Blondie 'Tide Is High' entrelaçado com o clássico de Paul McCartney 'Pipes Of Peace'e, a pairar em fundo os beats de Jennifer Lopez 'Jenny From The Block'...Brilhante! Merry Christmas everyone.

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Almofada #30 - 23 Novembro

Hendrik-Jan de Wolff (voz, guitarra), Pim van de Werken (guitarra), Barry Spooren (baixo)
e Bart Reinders (bateria) são os Silence is Sexy, banda holandesa cujo nome foi surripiado a um disco dos Einsturzende Neubauten.
A partir de uma paleta de referências musicais, a banda desenvolve o seu som que é comparado a bandas tão diversas como Joy Division, Sonic Youth, Placebo, Radiohead, My Bloody Valentine e Interpol.
O resultado é uma espécie de dark wave-pop, uma mistura contagiante de noise-punk, new wave e excelentes canções pop.
Os Silence is Sexy acabam de lançar o seu 2º albúm This ain´t Hollywood e, nesta emissão da almofada destacamos dois temas magníficos: Closing Titles e On the Beach.
De resto, música e textos soltos na emissão 30 da almofada...

Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #30

Jorge Palma A gente vai continuar
Vanessa Daou Sunday afternoons
"Desprezo Olímpico"
Belle & Sebastian Piazza, New York Catcher
Electric Willow Bad temper's slave
"Mas como é que ficou o resultado?"
The Quantic Soul Orchestra feat. Alice Russel Feeling good
Madita Deep down
"O Código Tonicha"
Smoke City Mr. Gorgeous (and miss curvaceous)
"Contribuição Europeia"
Zaza Fournier La vie à deux
"Senso Comum"
Quinteto Tati Rumba dos inadaptados (ou a morte do jovem contribuinte)
"Mensagens Messiânicas"
Silence is Sexy Closing titles
Silence is Sexy On the beach
"Na estrada"
Luna Season of the witch
"Discriminação Gordurosa"
Margot & The Nuclear So and So's Broadripple is burning

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sábado, 15 de novembro de 2008

Tertúlia Virtual Novembro - Meu ídolo

. sábado, 15 de novembro de 2008
8 comentários

Ora cá está mais uma tertúlia virtual, desta vez com o tema: meu ídolo.


Como têm reparado a malta, por aqui, não se leva muito a sério...
Este blog é o suporte de um programa de rádio bem disposto, descontraído, com abordagens tão alternativas quanto possível, quer do ponto de vista musical quer em relação aos textos de humor que são a base do programa.

De maneira que, no que diz respeito a ídolos: não temos!

Quer dizer, é possível que tivessemos tido, vagamente perdidos na longíqua adolescência, alguns row models que talvez tenham sido os que se seguem:




Jim Morrison

Data da detenção: Setembro 28, 1963

Localização: Tallahassee, Florida

Acusação: Esta deverá ter sido a primeira vez que Morrison, então um estudante na Florida State University, foi detido pela polícia florida, mas não seria a última.
Seis anos depois, em 5 de Março de 1969 Jim Morrison foi preso novamente e acusado de atentado ao pudor, comportamento lascivo, exposição indecente, profanação e embriaguez durante a célebre performance dos Doors em Miami. Criativo!



Johnny Cash

Data da detenção: Outubro 4, 1965

Localização: El Paso, Texas

Acusação: Cash foi apanhado num aeroporto à chegada do México e preso por estar na posse de cápsulas de anfetaminas. Banal!



Frank Sinatra

Data da detenção: Novembro 27, 1938

Localização:Englewood, New Jersey

Acusação: Sinatra foi levado para a esquadra com base numa acusação de imoralidade, por causa da sua relação com uma mulher casada. A acusação foi retirada dois meses depois. Valente!



Mick Jagger

Data da detenção: Julho 18, 1972

Localização: Warwick, Rhode Island

Acusação: Depois de uma escaramuça envolvendo um fotógrafo, Jagger, Richards e três outros membros do staff dos Stones foram presos e acusados de obstrução à justiça. As acusações foram posteriormente retiradas aos cinco homens. Obstrutivo!



Axl Rose

Data da detenção: Julho 2, 1992

Localização: St. Louis, Missouri

Acusação: Um anos depois de, alegadamente, ter incitado o lendário motim no concerto dos Guns N'Roses em St. Louis, Axl Rose foi preso e acusado de incitação à violência e destruição de propriedade. Considerando o facto de o motim ter provocado sessenta feridos e prejuízos no valor de 2M$ no Riverport Performing Arts Center, a sentença de dois anos de pena suspensa e 50m$ de multa parece um pequeno preço a pagar. Arreganhado!



Elvis Presley

Data da detenção: 1970

Localização: Memphis, TN

Acusação: Esta foto foi tirado apenas por brincadeira. Parece que o Rei era um maluquinho por fardas!!! (Ooops)
No entanto, o seu pai esteve preso 18 meses por falsificação de um cheque de 8$! BPN!

Porém, esta questão dos ídolos é, por vezes, uma verdadeira tragicomédia: imagine-se um jovem adolescente que se identifique com Iggy Pop, esse ícone da anarquia e da exclusão de todas as regras...esse adolescente ouvirá o tema Rebel Rebel vezes sem conta na sua aparelhagem, encafuado num quarto minúsculo e escuro, planeando a sua fuga de casa dos pais, oprimido por uma sociedade que lhe impõe toda uma miríade de restrições. Uma tarde, aborrecido, folheia uma revista qualquer enquanto coça entre os dedos dos pés e come alarvemente batatas fritas de um pacote indolentemente pousado em cima do sofá caríssimo na sala de estar. De repente, encontra esta fotografia do seu ídolo



Iggy Pop de crocs?
Crocs?
Todas as nossas convicções se podem desmoronar apenas com o folhear de uma simples revista, não acham?

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Almofada #29 - 16 Novembro - Estreia crónica de Pedro Baptista

. sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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Esta semana estreia um novo colaborador na almofada com rádio.
Pedro Baptista, comediante da favela de Setúbal, assina e dá voz a uma crónica semanal.

Contratado pela almofada pelo seu emergente talento e voz profunda (ou será por trabalhar à borla e ter um cabelo hilariante, o que, em rádio, é uma característica que não deve ser menosprezada?), Batita, como é carinhosamente tratado pelos seus dois amigos, elogia o auditório da rádio Zero, antecipa as prendas de Natal dos nossos políticos, o orçamento de Estado do próximo ano e analisa as eleições americanas numa perspectiva, digamos, politicamente incorrecta.


E o mais espantoso é que condensa toda esta análise em apenas três minutos, o que já provocou uma reacção intempestiva do prof. Marcelo.

Aquando da última reunião de produção, pedimos ao Batita para cumprimentar o auditório da almofada, ao que simpaticamente, o humorista acedeu registando o caloroso gesto que se segue




De resto, uma emissão anti-stress, tranquuuuuuila, com humor à solta e música a condizer.

Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #29

DJ/rupture Elders clouds
DobaCaracol Etrange

"Saco, Carteira, Bolsa"

Of Montreal St. Exquisite's confessions

"Sair, não sair"

Okkervill River On tour with Zykos
Science for Girls feat. Bronwen Exter 14 Days

"A Bíblia revista e aumentada"

Ben E King Stand by me (Paul Inder Remix)
Aimee Mann Looking for nothing

"Manter o local fresco, mas seco"

Bronwen Exter Float

"Excesso de zelo"

Heather Nova Hollow

Pedro Baptista Crónica #1

Mr Scruff Stockport Carnival
Mia Paper planes (DFA Remix)

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Almofada #28 - 9 Novembro - América, um país grande.

. sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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A América é um país grande, nem sempre um grande país.
Por vezes desconcertante, caricato e exótico.
Tropeça constantemente no ridículo, nos pequenos absurdos e na estupidez do mundo real. Tropeça, mas não cai. Ri-se, ironiza e segue em frente.
O american way of life, com música da América e textos irresistivelmente bem humorados de Bill Bryson, este Domingo às 11h na almofada com rádio.

Bandas e músicos americanos que poderá ouvir na almofada deste Domingo:











Alinhamento:

Ouça o programa
Almofada #28

Sam Bush Mr. President (have pitty on the working man)
"Notícias da Estupidez"
Bluegrass American idiot (Green Day cover)
Okkervil River Simon Smith and the amazing dancing bear
Bob Dylan Gospel plow
"A revolução dos suportes de copos"
Afternoon Naps Clean Bill of health
Elvis Costello & The Costello Show Brilliant mistake
"Explicando o seu impresso de impostos"
Hitide.Lotide The hare
"Telefonando para a linha de apoio ao cliente"
Antony and the Johnsons Fistful of love
Billy Bragg & Wilco Stetson Kennedy
"Aviso: Quem for surpreendido a divertir-se será denunciado!"
Neil Young Looking for a leader
"Sentido de humor defeituoso"
Michael Derning & Mia Arends Dayton, Ohio 1903

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Discos almofadados - Hitide Lotide "The Forest" - Folk/Acúsico

. quarta-feira, 5 de novembro de 2008
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Desde inícios de 2006 que Nate Gruber, nativo de Milwaukee, Wisconsin, tem vindo a esculpir cuidadosamente várias músicas sob o nome Hitide.Lotide.
O seu albúm de estreia, "The Forest" (2008) é um trabalho conceptual acerca de criaturas da floresta e as terras em que estas se movem.
"The Forest" é um albúm que desafia a nossa imaginação à medida que viajamos até uma terra fantástica, cheia de mistério e beleza etérea.
Ouçam três temas do albúm que disponibilizamos aqui em baixo - o tema título “The Forest”, bem como o magnífico “The Hare” (vai dar por si a cantar “you are loved” durante todo o dia) e “The Owl”.


Hitide.Lotide The Forest
Hitide.Lotide The Hare
Hitide.Lotide The Owl


http://www.myspace.com/hitidelotide
http://www.purevolume.com/hitidelotide

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sábado, 1 de novembro de 2008

Jazz - Ornette Coleman em Lisboa

. sábado, 1 de novembro de 2008
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Nos últimos anos, temos tido a sorte de poder assistir a concertos de muitos dos melhores músicos da história.

Ornette Coleman é mais uma dessas lendas vivas que vamos ter a oportunidade de “ouver” em Lisboa.

Ainda por cima num dos palcos mais míticos da cidade, a Aula Magna.

É sempre muito difícil escrever sobre música, tentar pôr em palavras o feeling que ela nos transmite.

Coleman foi um dos percursores do freejazz.

A sua música é feita de liberdade e de criatividade.

O álbum que está na base deste concerto é o premiadíssimo Sound Grammar.

A noite vai ser concerteza dominada pelo improviso e pelas explosões de energia.

O que, com músicos geniais – como é o caso –, se pode tornar numa experiência memorável.




Aula Magna | Alameda das Universidades

5 Novembro | 21h30

40€ a 55€



Sound Grammar foi gravado ao vivo na Alemanha em Outubro de 2005, com o novo quarteto de Ornette Coleman:Greg Cohen (baixo), Denardo Coleman (bateria e percussão), Tony Falanga (baixo) e Ornette (alto, violino, trompete) e é o primeiro registo em dez anos de Coleman.
Ouça as intersecções entre os dois baixos em "Turnaround".
Ornette Coleman Turnaround
Enquanto Coleman encontra o seu caminho soprando por entre blues e harmonias, com o seu facilmente identificavel lirismo sonoro. Enquanto todos estes sons se misturam, tornam-se numa gramática. E cada membro da banda encontra o seu lugar único neste ordenado universo sonoro.

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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Almofada #27 - 2 Novembro 2008 - Edgar Allan Poe

. sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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Ouça o programa
Almofada #27

O que é o horror percebeu-o muito bem Edgar Allan poe escritor norte-americano, nascido em Boston a 19 de Janeiro de 1809. Ninguém revolucionou tanto a época em que viveu como Allan Poe. A sua obsessão pela originalidade, um dos seus horizontes, é conhecida através do seu trabalho de crítico literário e teórico da literatura. Mas a par deste trabalho Edgar havia de destacar-se como poeta e escritor de pequenos contos, género que apurou até à modernidade que hoje conhecemos. O género policial que hoje conhecemos foi forjado por Poe. E também o horror povoou a mente do poeta escritor.

Edgar Allan Poe escreveu vários pequenos contos que podemos considerar de terror. Entre eles, "Berenice", "The Mask of the Red Death", "The Oval Portrait", e "The Premature Burial , que escolhemos para ilustrar a almofada #27, inspirada pelo halloween.

Nestas obras Poe refundiu um género e criou algumas das mais clássicas temáticas do Terror.
O mérito de Poe na escolha da temática, embora original e refrescante, não se compara à genialidade da sua técnica e ao poder totalitário das suas evocações.



Antes de mais o ambiente. Os sons tétricos e inexplicáveis povoam as histórias do escritor.

Henry Cowell The Banshee

As imagens esfumadas ou surpreendentes. Os retratos desconhecidos ou os rostos desfigurados ajudam a compor um clima de ansiedade a que leitor algum escapa. As cores são outro dos seus recursos, o contraste entre um mundo negro onde o branco prenuncia sempre morte e desgraça e o vermelho raramente é outra coisa que sangue.
Depois, as localizações. O autor coloca-nos sempre em locais inóspitos, de Invernos tempestuosos ou desoladores, Verões sufocantes, outras vezes. Os caminhos são atribulados, as casas, mansões e palacetes que surgem são estranhos e sobrenaturais.
A intriga é, depois, com uso destes artefactos metafóricos e metonímicos, urdida em filigrana de modo a provocar no leitor dúvida e temor. E, finalmente, pânico e horror, com as descobertas que o narrador ou as personagens principais realizam no culminar das histórias.

A sua técnica inclui a alienação das personagens, o recurso ao sobrenatural e ao inexplicável. Utiliza a catarse da tragédia grega amplificando os seus efeitos com a introdução de momentos, em pormenor, do horror. Da passagem de uma situação de tensão, de ansiedade, construída ao longo de uma intriga servida de elipses, insinuações, interrogações, onde, por fim, a morte chega pelas mãos de algo que nos gela.



O impacto que produz os efeitos desejados no leitor sem que este seja interrompido pelos momentos quotidianos da sua vida. Nos contos de horror que referimos pode dizer-se, sem qualquer dúvida ou questão, que Poe conseguiu o que desejava com a sua escrita.
No momento em que o leitor é confrontado com a passagem para a situação convulsiva, de morte, dor, destruição, putrefacção ou simplesmente vazio, já há muito que se sentia incomodado, duvidoso, ansioso e preocupado. Estados onde Edgar Allan Poe nos conduz com calma, segurança e mestria. E morte, muita morte.

Texto de Domingos Farinho em CTLX Cineclube de Terror de Lisboa


Alinhamento:

Frontier Ruckus One story carpot houses
Munk & James Murphy Kick out the chairs
Michael Zapruder Ad's in
"A morte vermelha"
Mazgani Lay down
Of Montreal St Exquisite's confessions
Mareva Galanter & RufusWainwright Serge et Jane
"O retrato oval"
Intense & Molly Duncan Jammin' in my head
Norah Jones & Joel Harrison Tenesee Waltz
"O enterro prematuro"
Ane Brun Changing of the seasons
Heather Nova Hollow

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Discos almofadados

. quarta-feira, 29 de outubro de 2008
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Michael Zapruder tornou-se notado quando integrou a banda de Patty Spiglanin, os Naked Barbies, que lançou três discos nos anos 90: Dancing with Vacuums [1994], Tarnished [1996]e Living Independently [1998], antes de mudarem nome e conceito para Vagabond Lovers, lançando o albúm When I Was You, em 2000. Nessa altura, Zapruder embarcou num projecto a solo, compondo, gravando e colocando na Internet uma música por semana durante todo o ano de 1999 (http://www.52songs.org).

Em 2002 Zapruder lança o seu albúm de estreia a solo This Is a Beautiful Town.
Dragon Chinese Cocktail Horoscope, é o seu novo disco, o terceiro da carreira.
Em Ad's for Feelings, Zapruder combina uma espécie de humor negro com uma onda free-jazzy luxuriante.

Michael Zapruder Ad's For Feelings


Estas sessões são valiosas pela majestosa colaboração de Coleman Hawkins.
A sua forma de tocar é, por vezes, brilhante e as intersecções entre a guitarra de Kenny Burrell e o tenor sax de Hawkins são os momentos chave do disco. A secção rítmica, com o pianista Tommy Flanagan, o baixista Major Holley e o baterista Eddie Locke, proporciona um suporte sublime.

Kenny Burrell with Coleman Hawkins It's Getting Dark


Não será exagero chamar a este disco o mais ambicioso albúm folk de sempre.
É louco - uma banda de 11 elementos, com uma forte atracção pela aventura, pelos aspectos mais selvagens de Tom Waits, com um ligeiro sabor circense (o disco não se chama Burlesque por acaso). Alguns temas são de uma delicadeza barroca como o fantástico "Across the Line" que enfatiza uma bela melodia de Milton Nascimento(!).

Bellowhead London Town
Bellowhead Across The Line

Pelos riscos que corre será, provavelmente, um disco mais admirado do que amado, mas é um bom ponto de partida para novas direcções do folk.

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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Rádio Zero - Nova Grelha de Programas

. segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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Antes das coisas estão os conceitos.

Que é como quem diz que, antes do bolo estar feito, é preciso alguém que saiba ler a receita e cozinhar.
Não vale a pena misturarmos açúcar, ovos e farinha se não soubermos em que altura o devemos fazer, e em que quantidades.
Queremos um bolo consistente e não demasiado doce. E cuidado, para que não se queime!
A verdade é que tudo se encaixa à nossa volta. Não há movimento aleatório que não transporte consigo um pedaço demasiado grande de caos.
A realidade é um puzzle que tem de ser montado de acordo com a imagem da caixa, senão vão sobrar peças. O que tem piada é saber que as peças vão mudando com os tempos e que o que é perfeito hoje pode não fazer sentido amanhã.
Que hoje apetece-me um pastel de nata, e amanhã um bolo de chocolate.

A grelha de programação da Zero mudou, mas nem por isso está menos agradável, pelo que pode (e deve!) ser consumida a qualquer hora do dia.

Ouvir a Rádio Zero http://www.radiozero.pt/ouvir

Estreias:

A 12ª Província [3ª, 20:30-21:00; rep. dom, 14:30-15:00]
(Alexandre Gil)
Retratos sonoros de ser português fora de Portugal.

Bit Sounds [3ª, 18:00-19:00; rep. sáb, 6:00-7:00]
(Zito)
Uma construção de ambientes mentais através de uma delicada escolha musical.

Capitais da Groovalização [dom, 19:00-20:00, rep. 3ª, 10:00-11:00]
(Toni Monzó)
Através das grandes urbes do planeta, na sua diversidade social, económica, étnica e cultural.

Crossroads [dom, 17:00-18:00; rep. 6ª, 9:00-10:00]
(Tiago Gaspar)
Blues, a música do Diabo.

Framework [5ª, 19:00-20:00; rep. 4ª, 1:00-2:00]
(Patrick McGinley)
Gravações de campo. Actividade sonora contextual e descontextualizada.

Memorabilia [2º sáb mês, 21:00-22:00; rep. 5ª seguinte, 1:00-2:00]
(Ricardo Amaral)
Com cortes e colagens de diversas fontes, Memorabilia apresenta documentários sobre diversas figuras.

Mood Swing [6ª, 17:00-18:00; rep. dom, 1:00-2:00]
(Rosário Crujo)
O outro lado do rock, com Rosário Crujo.

Prego no Prato [quinzenal, 5ª, 22:00-24:00; rep. dom seguinte, 6:00-8:00]
(Diogo Ferreira, João Pereira)
Pelos caminhos do electro, techno e trance. Como se não houvesse amanhã!

Rádio Etiópia [sáb, 17:00-18:00; dom, 2:00-3:00]
(Tony Justerini, Anatoly Brooks)
Eles são os fundadores da Igreja Nacional do Reino do Senhor. A internet é uma invenção do Demo, façamos dela a voz do Senhor.

Registos Sonoros [5ª, 15:00-16:00; dom, 1:00-2:00]
(Tiago Crispim)
Sons recentes e diferentes, destacados por Tiago Crispim.

Station to Station [dom, 22:00-23:00; rep. 5ª, 16:00-17:00]
(Ana Ribeiro)
À volta de um tema em cada semana, serve-se música.

Texto retirado da newsletter da Rádio Zero "Telex", edição de 20 Outubro


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domingo, 26 de outubro de 2008

Almofada # 26 - 26 Outubro 2008

. domingo, 26 de outubro de 2008
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Ouça o programa
Almofada #26


Vá lá!...Acorda!

Este Domingo mudamos a fronha à almofada e deixamo-nos dormir mais uma hora!


A segunda série de “A minha almofada tem rádio” tem novo indicativo, novos separadores e este blog com imagem e conteúdos renovados.

De resto, mantém a filosofia de sempre: música bem disposta, humor corrosivo, língua afiada e preguiça dominical.

Alinhamento:

Steve Goodman Take me out to the ball game
Freedom Dub Sympathy for the devil
"Histórias de Museu"
Ingrid Michaelson Be Ok
Lily Frost Lover comeback to me
"O Bicho Carpinteiro"
Chick Corea & Bobby McFerrin Even from me
"Coincidências"
John Coltrane I Love You
"Personagem"
Eletrobossa Madrugada
"Decisões necessárias"
Smashing Pumpkins Tonite reprise
Ryan Adams Wonderwall
"A Fuga"
Old Crow Medicine Show Tell It To Me
Old Crow Medicine Show Mary's Kitchen
"Um Descanso"
BB King Let the good times roll
Madita Because




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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

. sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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A cantora canadiana Lilly Frost presta homenagem à época de ouro do swing.
Gravado ao vivo, acompanhada pelos Swinging Dukes, uma banda de swing, o albúm Lily Swings (2008) dá uma nova vida a algumas canções menos conhecidas de Billy Holiday.
A voz doce e melódica de Lilly e os arranjos de banjo, sax tenor, clarinete e trompete evocam a atmosfera confortável e trendy do swing.

Lily Frost - Lover Come Back To Me
Lily Frost - Willow Weep For Me

Desde nostálgicas baladas de jazz às canções swingadas, este é um disco para ouvir na almofada.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Clássicos da TV - Humor

. quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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Hoje deu-me para a nostalgia...
A propósito dum quiproquo profissional, lembrei-me dos velhos dos Marretas!
A partir daí, passei uma hora divertida a ver estes velhos clips de séries míticas.
Enjoy...

The Muppet Show


The Benny Hill Show


Mr. Bean


Monty Phyton's Flying Circus


Allo Allo


Jerry Seinfeld


Herman José - Lauro Dérmio "Não pirilamparás a mulher do próximo"

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Electric Willow comentam novo albúm na almofada

. terça-feira, 21 de outubro de 2008
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"Mood Swing" chegou, sorrateiramente, ao mercado, nos últimos dias de 2006.
Era a estreia em disco dos Electric Willow, um trio em que o ex-Caffeine Cláudio Mateus (voz, guitarra) se faz acompanhar por Abílio Sousa (baixo) e Pedro Geraldo (bateria).
O seu segundo trabalho, "Nothing's Ever Good Enough", tem levado o nome do grupo mais longe, acordando alguns ouvidos mais distraídos.
Aqui ficam os comentários do próprio Cláudio Mateus às nove faixas que compõem o disco.



To Get Across
Escolhemos esta canção para abrir, porque acerta com o tom e sonoridade que discorrem pelo disco. De alguma maneira, dá o mote do álbum ao resumir um certo olhar que perpassa pela lírica das canções que o compõe. O nosso amigo Filipe Miranda (The Partisan Seed) diz que este tema tem a melhor linha de guitarra do disco.

Bad Temper's Slave
É a canção possível para alguém com mau feitio e consciente do efeito terrível que esse mau feitio tem sobre si e sobre os que mais ama... um drama. Há quem chame a este tipo de canções exercícios de auto-comiseração ou canção do bandido, mas este terreno sempre foi frutífero para o fazedor de canções. É a canção mais acústica do disco. Gostámos muito do resultado dos sopros e das cordas que, pelo efeito criado, elevam a canção e a salvam da simples lamechice.

Cease The Falling
Gostamos do som desbragado das guitarras. O José Arantes (que co-produziu o disco comigo) conseguiu captar bem a essência das canções, sacando as sonoridades mais adequadas. Esta forma de esfarrapar acordes é o que melhor sabemos fazer. E não assentam nada mal em rockeiros de trinta e tal anos que teimam em encalhar nas mesmas dúvidas existenciais de um puto de dezoito. Este é um hino às quedas possíveis, onde somos convidados a concluir que a queda mais significativa e destrutiva com que um homem se pode deparar é a queda de cabelo, por ser a única irreversível...

Goat
A lírica encerra a ideia da necessidade que por vezes sentimos de nos distanciar de nós próprios para melhor nos conseguirmos vislumbrar e tentar perceber. Exercício difícil para alguém de apetites frugais e que ama a coisa terrena. Aqui, é, uma vez mais, a voz que vem para a frente e assume o comando.

Joy Is Brief
Esta é uma canção em que nunca acreditámos muito, mas, quando a começámos a gravar, ela foi-se revelando mais consistente e o resultado final acabou por nos surpreender. Um dos momentos mais curtidos das gravações foi quando registámos o coro final desta canção em que juntámos todo o pessoal amigo que apareceu pelo estúdio nessa noite e nos pusemos a cantar "nanananana" até doer.

Love Of The Lonely Kind
Esta canção procura falar de uma solidão que é a de cada um e que qualquer amor não pode confortar. A solidão aparece como único conforto de si própria. Ouvi dizer que soa muito a Lou Reed. Bem sabemos que o pop/rock sempre teve e terá um carácter mimético, mas às vezes dá ideia de que um gajo anda para aqui apenas a macaquear os outros. É óbvio que não me aborrece nada que falem no Lou Reed, antes pelo contrário. O ideal seria que tais comparações nos desse maior visibilidade, o que duvido, porque Lou Reed por Lou Reed, todos preferimos o original. A questão está em saber o que há, se o houver, para além das referências, e assim estas ganham mais sentido.

Moonsun Girl
Depois de um começo e desenvolvimento muito simples e despojado (assente no trio de guitarra, baixo e bateria), remata com aquele despique final, entre várias guitarras e os sopros, que é talvez, do ponto de vista instrumental, uma das partes mais intensas do disco. Ainda não percebi exactamente o queria dizer ao escrever esta letra.

Palm's Lane Lullabye
Esta canção é daquelas que saem de um jorro quando pegas na guitarra – é uma sensação muito fixe quando uma canção que te satisfaz aparece assim de forma tão simples e gratuita. Simples nasceu e simples a gravámos. Uma canção assim pede a letra mais intimista que lhe podes dar e foi o que tentei fazer...

Spark
É talvez a canção mais rock do disco. É uma das duas canções que contêm o verso que dá título ao álbum. O verso "nothing's ever good enough", que, à partida, pode remeter-nos para aquela tristeza que decorre de um estado de impotência, desencanto e desilusão, ganha aqui um sentido diferente, mais luminoso e positivo, quem sabe inspirador de qualquer força anímica para encararmos os nossos dias. Este paradoxo começa na capa e perpassa todo o disco onde as canções vão derivando por sentimentos ou estados de espírito opostos como sejam a solidão, a perda, o desespero, a saudade, o amor, o desejo, a confiança, a esperança ou a alegria mais fugaz.

Um abraço a toda a banda e muito obrigado ao Cláudio Mateus pela disponibilidade demonstrada.

Publicado por João Sobral em acisumblog.blogspot.com

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Novo indicativo e separadores da almofada em ante-estreia



No próximo Domingo 26, estreia a 2ª série de "A minha almofada tem rádio".
Aqui fica, em ante-estreia, o novo indicativo do programa e alguns dos separadores que passaremos a utilizar.

Indicativo 2a série

Separador edredon com pilhas

Separador escova com pasta

Separador tapete com caspa

Separador almofada tem radio abba

Separador almofada tem radio e a tua


(Voz de Calamity Jane)

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Alla Polacca - We're Metal and Fire in the Pliers of Time

. segunda-feira, 20 de outubro de 2008
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A associação do tempo à música teve sempre por base dois aspectos antagónicos, o do envelhecimento e perda de criatividade na composição musical e o do amadurecimento e aperfeiçoamento da capacidade para compor de forma criativa.
Felizmente para os Alla Polacca, e ao fim de quase uma década de existência, eles enquadram-se no aspecto mais positivo. Ou seja, tempo significou um percurso de aperfeiçoamento e o atingir de uma consistência sonora.
Algo bem patente neste seu primeiro álbum, editado sem recurso a qualquer tipo de colaborações e exclusivamente seu: We're Metal And Fire In The Pliers Of Time.
Fazendo uma retrospectiva situacionista e poderemos verificar que, ao longo da sua carreira, os Alla Polacca sofreram várias alterações no seu alinhamento e, também, que essas mudanças tiveram sempre impacto directo na sua musicalidade.
Basta ouvir as três edições anteriores para se perceber isso, com os registos sonoros a variarem entre o ambientalismo, a melancolia e algumas explosões rock no limiar do psicadélico.
As entradas e saídas de membros traziam, para o seio da banda, uma certa indefinição criativa. Mas apesar das oscilações a essência/conceito base estava sempre presente e era quem mantinha o equilíbrio e apontava a direcção correcta.
E, apesar de alguns desvios, os Alla Polacca conseguiram encontrar o rumo certo e fazer com que as suas canções soassem àquilo a que eles se propuseram: rock ambiental e experimental com uma forte carga emocional que balança algures entre as sensações primaveris e outonais.
Aquilo que agora nos apresentam, com We're Metal And Fire In The Pliers Of Time, é uma peça musical elaborada e criada com base na naturalidade. E esta naturalidade suporta-se numa gestão simples e bem conseguida entre a sua criatividade de sempre (a tal associada ao rock ambiental e experimental) e uma nova faceta, o de serem espontâneos e não se inibindo de explorar novas sonoridades mesmo que isso, por vezes, os leve aos limites do absurdo, como sucede em They´ll Do Without Us.
No entanto uma absurdidade que soa a ingenuidade (para não dizer infantilidade) e que acaba por nos transportar para os estranhos mundos imaginários que existem dentro de nós. Algo igualmente latente em The Cold (Doubt) ou na beleza surpreendente de Last Day. As mudanças são significativas e parecem aproximar-se mais de universos habitualmente equiparados aos dos Sonic Youth. Kings Of Winter e The Lie (Conspiracy and Anticipation) são um bom exemplo, primando pela exploração do experimentalismo em sintonia com a típica estrutura base da canção rock de contornos mais alternativos.
Os Alla Polacca soltaram-se e fazem com que as canções deste We're Metal And Fire In The Pliers Of Time soem a sinceridade. Nada é forçado ou manipulado.
Tudo nasceu da cumplicidade entre um grupo de músicos que, quando juntos, soltam o melhor de si sem qualquer tipo de pudor. E quando assim é o resultado final só pode ser consistente e agradavelmente criativo. Tudo o que se espera da música.

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sábado, 18 de outubro de 2008

Almofada # 25 - 19 Outubro 2008

. sábado, 18 de outubro de 2008
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Ouça o programa
Almofada #25

A A.M.O.R. (Associação Mundial de Ouvintes de Rádio) informa: ouvir rádio pode provocar alterações de humor, psicose paranóica e confusão mental!...
A solução para este problema que afecta já milhões de pessoas em todo o mundo, passa por uma terapia, desenvolvida em laboratórios ultra-secretos, algures no IST em Lisboa.
Segundo esta reputada organização, esta terapia consiste na audição de um programa emitido pela rádio online do IST, com a cabeça deitada numa almofada confortável. Ao que consta, este tratamento resulta numa dilatação auditiva e numa expansão mental notáveis.
O programa em questão passa na Zero http://www.radiozero.pt/ aos Domingos pelas 10 da manhã e pode ser complementado no blog da almofada.
A minha almofada tem rádio: se não os consegues convencer, confunde-os!

Alinhamento:

Skalibans Through my window
Mysti Mayhem Come back around
T-Ka Flyin
"Paus de Cabeleira"
Cool Hipnoise Ela era o meu estilo
Rosalia de Souza Rio de Janeiro
"Lost in cynicism"
Yes Time and a word
Taj Mahal Lovin' in my baby's eyes
"Uma partida no campo"
Sylvie Lewis What became of us
"La vida loca"
Electric Willow Bad temper's slave (part 2)
"O coca-bichinhos"
Cat Power Aretha, sing one for me
"À espera do brasileiro que diga isto..."
Rita Redshoes Blue bird on a sunny day
"A carne é fraca"
Princeton The waves
Radiohead Fake plastic trees
Missy Higgins Sugarcene (live radio broadcast)

Programa disponível em podcast AQUI

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Rádio Zero nova grelha

A partir de segunda-feira, dia 20, a Rádio Zero http://www.radiozero.pt/ estreia uma nova grelha de programas.
No que diz respeito à 2ª série da almofada, estreia Domingo 26 com uma ligeira alteração de horário, passando a ser emitada em directo às 11h e com repetição Terças às 9h.

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