Segunda parte da divulgação de alguns dos melhores discos de 2008.
O saxofonista John Ellis deixa-se influenciar no albúm Dance Like There's No Tomorrow, pelo humor e energia de Charlie Hunter e pela impecável musicalidade de Ellis Marsalis. Desde as notas de abertura de "All Up in the Aisles", com o seu ritmo funky e melódico deixamos de saber se nos encontramos no evento desportivo, feira de rua ou num funeral...mas o sorriso continua a ser a única resposta apropriada a este som único.
John Ellis - Dance Like There's no Tomorrow - All Up in the AislesMuito se tem falado e escrito sobre as implicações do amorfo termo "ambient" nos círculos indie-rock ultimamente. Tudo tem sido usado para descrever o estilo, desde as guitarras sonhadoras até às atmosferas densamente processadas. O último disco de Benoit Pioulard, o belo e estranho Temper, é um dos raros álbuns que actualmente merece a etiqueta. Temper mostra a mestria de Benoit Pioulard em sintetizar o fascínio dos sons da natureza com pedaços de composição mais convencional. Com notável subtileza encontrou o cálice sagrado da música pop experimental: um conjunto de canções que são tão cantaroláveis como impossíveis de classificar.
Benoit Pioulard - Temper - Ragged Tint
Benoit Pioulard - Temper - IdyllBenoit Pioulard - Temper - Ragged Tint
Breathe Owl Breathe canta sobre folclore, histórias retiradas dos cubos de gelo pré-histórico do Pólo Norte. É precisamente das costas dos Grandes Lagos que Breathe Owl Breathe nos chega (Ann Arbor, Michigan, mais exatamente), e as oito canções dest EP repousam nas sombras deste território. São canções sobre ser deixado para trás, canções sobre a morte, canções sem geografia, canções que merecem estar no repeat por muito tempo.
Breathe Owl Breathe - Ghost Glacier EP - Playing Dead
Os ritmos do 4º album dos TV on the Radio são mais Talking Heads do que Sly Stone, mas são, ainda assim, carnudos e pujantes o suficiente para evitar o epíteto de white funk. É este o charme de Dear Science, (assim mesmo, com virgula), um disco que descobre o quinteto de Brooklin habitando um feliz - e tambem funky - meio termo entre a sua selvagem experimentação inicial e as estruturas de composição mais convencionais do seu disco de 2006 Return To Cookie Mountain.
TV On The Radio - Dear Science, - Crying
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