PÃO FRESCO

Bernardo Brito e Cunha, Carlos Cruz, Eduarda Ferreira, José Duarte, Mário Zambujal e Orlando Neves eram as vozes do Pão Com Manteiga, um programa que estreou em 1981, na RDP – Rádio Comercial. O non sense era o prato forte do programa: «A carne é fraca, mas o molho é uma maravilha»; «As orações subordinadas devem ser lidas de joelhos»; «Nem todos os pontos são cardeais, alguns são cómicos»; «Peta era antigamente. Hoje é mentira. Qualquer dia é verdade»; «Quando a família real joga às cartas todos estão proibidos de dizer só me saem duques».
Estes e outros escritos do género encheram dois livros.

Bernardo Brito e Cunha, Carlos Cruz, Eduarda Ferreira, José Duarte, Mário Zambujal e Orlando Neves eram as vozes do Pão Com Manteiga, um programa que estreou em 1981, na RDP – Rádio Comercial. O non sense era o prato forte do programa: «A carne é fraca, mas o molho é uma maravilha»; «As orações subordinadas devem ser lidas de joelhos»; «Nem todos os pontos são cardeais, alguns são cómicos»; «Peta era antigamente. Hoje é mentira. Qualquer dia é verdade»; «Quando a família real joga às cartas todos estão proibidos de dizer só me saem duques».
Estes e outros escritos do género encheram dois livros.
A propósito, aqui ficam excertos de duas entrevistas com co-autores do programa:
Carlos Cruz - “ Nós viemos mostrar outra forma de fazer rádio, apresentámos o som dito e não apenas o som tocado, a musica para nós era apenas um embrulho muito ligeiro das palavras, o programa era um exercício sonoro sobre a língua portuguesa, desafiavamos o ouvinte a tentar perceber que cada palavra em português tinha vários significados”
José Duarte "Jazzé" - " O Pão com manteiga foi o descaramento. A rádio depois do pão com manteiga é outra. Entre outras coisas descobrimos o alto sentido de humor do povo português. Lembro-me de fazermos um programa de rádio a cores: "Hoje o programa tem cores. É emitido nesta primeira hora em amarelo." Uma ideia fabulosa, rebentámos com o PBX da rádio Comercial, de tantas chamadas. Uma vinha da Estremadura, de um ouvinte que disse: "Aqui começou a chover a cores."
E, claro, as histórias do Roque e a Amiga:
"A amiga pulou da cama, fresca, matinal, ainda cheia de orvalho e espreguiçou-se longamente em frente ao espelho.
Deu o primeiro sorriso do dia a Roque, que a espreitava pelo canto do olho enquanto acendia a beata que apagara cuidadosamente na noite anterior.
A amiga voltou a olhar o espelho, sempre sorrindo e prendeu o cabelo com dois ganchos. Depois, saltou para a balança e o sorriso apagou-se.
- Que foi? – Perguntou Roque.
- Dois quilos a mais… – esclareceu a amiga.
Roque deu uma pequena gargalhada.
- E você ri-se! – Enfureceu-se a amiga.
E encostando-se à cama perguntou:
- Onde é que está a graça, roque?
- É que por este andar, ainda passo a ser conhecido pelo Roque da pesada… "
(Led Zeppelin, «Rock and Roll)
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